ERVAS CURATIVAS: DENTE DE LEÃO


·         Nome: Dente-de-leão

Nome científico: Taraxacum officinale/syn.: Leontodon taraxacum L.
Nome Popular: Alface – de – cão, amargosa, dente de leão dos jardins, radite – bravo, salada de toupeira, taraxaco, amor -dos – homens, soprão, chicória – louca, chicória – silvestre, leutodonte, taraxacum.
Planta herbácea vivaz com uma roseta basilar de folhas. No princípio da Primavera, aparecem as hastes florais terminadas por capítulos amarelos, formados exclusivamente de lígulas. Depois da floração, o capítulo transforma-se numa esfera de aquênios com coroas (em cima à esquerda). Toda a planta é percorrida por laticíferos que contém um látex branco não tóxico. O dente-de-leão sempre foi utilizado para tratamentos oculares, como o testemunha, aliás, o seu nome genérico: taraxis = inflamação ocular.
A colheita de rizomas, folhas e flores poderá ser feita dois meses após o plantio.Faz-se a colheita de raízes, caules, folhas e inflorescências. As raízes são muito bem lavadas, cortadas ao comprido e secadas a 50°C no máximo. Os caules são colhidos antes da floração, por vezes com a raiz. As folhas e as flores são apanhadas para curas depurativas da Primavera. Sobretudo as raízes, mas também as outras partes, contêm princípios amargos terpenóides, taraxacina e taraxetina, um glicosídeo, esteróis, ácidos aminados, taninos, até 25 % de inulina e cauchu. A raiz e o caule são amargos estomáquicos que estimulam as secreções gástricas e exercem uma ação colagoga. As folhas novas e frescas são ricas em vitamina C e consumidas em saladas. As flores contêm carotenóides e triterpenos. Em geléia são antitússicas, mas não substituem o mel, que é muito mais eficaz.
Características: Erva perene, originária da Europa, que possui uma grande capacidade de adaptação, distribuindo-se em quase todo o mundo. No Brasil, é encontrada de Minas Gerais até o Sul do país. Tem raiz carnosa e haste ereta, medindo de 30 a 50cm de altura, com um conjunto de flores amarelo-ouro na extremidade. Quando as flores murcham, surgem em seu lugar sementes, espalhadas pelo vento a longas distâncias. Também conhecida como amor-dos-homens, alface-de-cão, taraxaco e chicória silvestre.
Indicações e Usos: O dente-de-leão, contém vitaminas A, B e C e é uma extraordinária fonte de ferro e potássio. Tem sabor amargo, dado por uma substância que funciona como excelente depurativo para todo o organismo. Como todas as ervas, deve ser usado em pequenas quantidades, com moderação. Renova e fortalece o sangue, estimula o funcionamento do fígado e da vesícula, combate a formação de cálculos renais e a anemia, previne a gota, reumatismo e artritismo. Protege e tonifica o sistema sexual. É excelente para doenças ósseas. É diurético e dilui as gorduras do organismo. O suco de dente-de-leão, além de todas essas propriedades, também combate a hiperacidez do organismo e previne doenças das gengivas e cárie dentária. Na culinária, as folhas tenras, inflorescências e rizomas desta planta podem ser consumidos em sucos, saladas e cozimentos. Em uso externo (também na forma de chás), aliviam irritações, escamações e até vermelhidões na pele.
Há registros do século dezesseis reconhecendo o dente-de-leão como excelente erva medicinal, em especial no tratamento de problemas hepáticos.
Parte Utilizada: Folhas, raízes e capítulos florais.

Uso Fitoterápico:
Tem ação: estimulante digestivo, colagogo, colerético, depurativo, diurético, tônico, antireumático, laxativo, antianêmicas, nutritivas, antiflogística.
É indicada:
-anemias;
-fraqueza;
-palidez;
-falta de apetite;
-hepatite;
-insuficiência hepática;
-colecistite (inflamação da vesícula biliar);
-cálculos biliares;
-hidropisia;
-diabetes;
-nefrite, cistete, esplenite (inflamação do baço);
-edemas;
-excesso de colesterol e ácido úrico;
-prisão de ventre;
-distúrbios menstruais;
-reumatismo;
-gota;
-doenças de pele.
Farmacologia: É fonte de potássio para o organismo, estimulando a função renal. O aumento da diurese é devido aos flavonóides. O auto teor de potássio assegura um maior controle dos níveis de espoliação pela via urinária.
Exerce uma influência favorável sobre o tecido conjuntivo, aumentando sua irrigação. Influi sobre a formação de cálculos biliares, modificando os casos de predisposição. Os terpenos em sinergismo com as lactonas são responsáveis pela ação colagoga, favorecendo a eliminação pela via biliar de numerosos catabólitos. É considerado um tônico hepático.
Diminui os acessos de dor em desordem reumática, apresentando moderada ação antiinflamatória, demonstrada em experimentos com ratos. O extrato alcóolico de dente de leão desenvolve ação colerética, tendo aumentado a secreção  biliar em ratos em torno de 40%.  O composto amargo é responsável pela estimulação da digestão e secreção gástrica. Sua riqueza em zinco  o torna também composto antiradicais livres, tendo assim a capacidade de proteger as células hepáticas de danos indiretos (Teske; Trenttini; 1997).
Riscos: É contra indicado em casos de oclusão do ducto biliar.
Adultos:
Folhas secas: 4 a 10g três vezes ao dia ou por infusão.
Infuso: 10g de folhas por litro de água, como tônico e depurativo, 3 xícaras de chá por dia.
Raiz pulverizada: 1g por dose, 4g por dia.
Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.
Erva pulverizada: 1g por dose, 3 a 4 vezes ao dia.
Tintura mãe (raiz + folhas): 50 gotas, 3 vezes ao dia.
Decocção: 2 a 3 colheres de chá das raízes em 250mL de água. Ferver 10 a  15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Tintura (1:5): 5 a 10mL em 25% etanol, 3 vezes ao dia.

Hebhert Oiveira – Raizeiro

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