POESIAS: "PESADELO..."
Em meu pesadelo,
Escancarava minha boca e deixava
Sair um brado agudo e estridente
Mas ninguém me ouvia.
Escancarava minha boca e deixava
Sair um brado agudo e estridente
Mas ninguém me ouvia.
Fiquei trêmula, fria e doente
Vendo minha voz espiralar
Como fumaça quente...
Perdendo-se no ar!
Sensação de espaços abertos...
Sentia uma parte do universo
Estremecendo em fúria,
E em outra parte, sentia
Vendo minha voz espiralar
Como fumaça quente...
Perdendo-se no ar!
Sensação de espaços abertos...
Sentia uma parte do universo
Estremecendo em fúria,
E em outra parte, sentia
A presença difusa,
Evidente de algum segredo!
Senti muito medo!
Em meu pesadelo,
Evidente de algum segredo!
Senti muito medo!
Em meu pesadelo,
Tremia de pavor
Por não achar o caminho de volta...
De me perder...
De nunca mais encontrar
Por não achar o caminho de volta...
De me perder...
De nunca mais encontrar
Você, meu grande amor!
LONGE DE TI
Longe de ti, há noites silenciosas...
Rodopiar de segredos
LONGE DE TI
Longe de ti, há noites silenciosas...
Rodopiar de segredos
Como fumaça que foge
Entre meus dedos...
Longe de ti, minha boca,
Que antes tinha o sorrir das primaveras,
Entre meus dedos...
Longe de ti, minha boca,
Que antes tinha o sorrir das primaveras,
Hoje tem na mesma boca,
Linhas graves e severas.
Longe de ti, meu rosto de estátua de marfim
Desfaz-se na lágrima que choro,
Linhas graves e severas.
Longe de ti, meu rosto de estátua de marfim
Desfaz-se na lágrima que choro,
Pálida, branca e calma.
Ninguém a vê brotar na minha alma,
Nem a vê se desmanchar em mim...
Longe de ti,
Ninguém a vê brotar na minha alma,
Nem a vê se desmanchar em mim...
Longe de ti,
Desfaço-me em infinitas esferas
Que rolam pelo meu jardim...
Que rolam pelo meu jardim...
Parece que foi em outras primaveras
Que eu tive você, dentro de mim!
Que eu tive você, dentro de mim!
autora: DALÚ DE AZEVEDO
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