ERVAS CURATIVAS: TOMATES PODEROSO ANTI-OXIDANTE
Vários estudos já comprovaram que o consumo de frutas e legumes diminui
o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Mas e quanto à alimentos
específicos, como o tomate? Um estudo publicado este ano no jornal científico
Advances in Nutrition investigou esse fruto e os suplementos de licopeno. Os
autores ressaltaram o tomate como uma fonte de licopeno, um potente
antioxidante que está relacionado à diminuição do risco de doenças
cardiovasculares e câncer de próstata.
Sobre o estresse oxidativo, o tomate apresentou forte associação à
diminuição dos marcadores do estresse oxidativo e combate aos radicais livres.
O consumo de produtos à base de tomate, assim como o tomate in natura,
apresentou proteção consistente sobre o dano ao DNA e oxidação de lipídios
(especialmente o LDL-colesterol). Quando presente, o estresse oxidativo é um
risco a mais para desenvolvimento e progressão de doenças cardiovasculares. O
licopeno também apresentou efeito sobre o estresse oxidativo, porém não foi
forte.
Em relação à inflamação, nem o suplemento de licopeno, nem os produtos à
base de tomate tiveram consistência nas análises. Apenas a ingestão do tomate
in natura demonstrou melhora nos marcadores inflamatórios do organismo. No
entanto, o suplemento de licopeno se mostrou mais eficaz na redução da pressão
arterial do que a ingestão do tomate (3 em 5 estudos, contra 1 em 3 estudos do
tomate). Mas os autores alertam que o tomate in natura possui outros nutrientes
que auxiliam na manutenção de uma pressão arterial saudável, como o potássio e
fibras.
O melhor é sempre consumir o alimento in natura pois, no caso do tomate,
é composto de outros nutrientes essenciais e fitoquímicos que também auxiliam
na manutenção da saúde. Esses nutrientes podem "reforçar" a ação do
outro no organismo, ou até mesmo aumentar sua absorção a nível intestinal, tendo
um efeito ainda maior. É o que chamamos de sinergismo. Suplementos alimentares
são importantes em alguns casos, mas não devem ter seu uso indiscriminado e sem
orientação de nutricionista.
Para melhorar a absorção do licopeno do tomate, é recomendado aquecer o
alimento, pois a temperatura mais alta ativa o licopeno para uma forma mais
bio disponível, ou seja, que o organismo tem mais facilidade para aproveitar.
Enquanto o licopeno do tomate cru apresenta uma biodisponibilidade em torno de
13%, o licopeno encontrado no tomate cozido é 70% bio disponível. O azeite de
oliva extra virgem combina com o tomate, pois um pouco de gordura também
aumenta a absorção do licopeno. Enquanto isso, as fibras prejudicam a absorção
desse composto, quando em excesso. Portanto, o equilíbrio no consumo é
fundamental.
Caso deseje cozinhar o tomate ou preparar um molho de tomate natural,
utilize sempre o fogo em temperaturas mais baixas. Apesar do aquecimento
melhorar a biodisponibilidade do licopeno, nesta forma ele também fica mais
vulnerável à oxidação, e perde suas propriedades. Alguns estudos indicam que o
cozimento do tomate em temperaturas acima de 100ºC já prejudicaria a atividade
antioxidante do licopeno. Uma dica consiste em pôr as rodelas de tomate por
cima da comida já pronta na panela e tampar por uns 10 minutos, durante o tempo
final de cocção da preparação. Esse processo já auxilia na ativação do
composto.
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