POESIAS: NOITE DE NÉVOA
Noite de névoa
Úmida e fria...
Névoa que parece mais brilhante
E ao meu redor, rodopia
Úmida e fria...
Névoa que parece mais brilhante
E ao meu redor, rodopia
Num fulgor que pulsa
Como a batida
De um estranho coração.
Ninguém parece ter noção
Como a batida
De um estranho coração.
Ninguém parece ter noção
Da fumaça que desliza
Como um sonho ao meu redor,
E se o vento pudesse
Penetrar ali,
Como um sonho ao meu redor,
E se o vento pudesse
Penetrar ali,
Teria esfarrapado o fumo
Que saia da noite sem fim.
Vou deixar esse vento
Bater em mim.
Que saia da noite sem fim.
Vou deixar esse vento
Bater em mim.
Vou andar sem rumo...
Será que esta noite vai terminar?
Ou começara outro período
De eterno soluçar?
Será que esta noite vai terminar?
Ou começara outro período
De eterno soluçar?
Reparo nos amigos
Que me cumprimentam
Como se eu fosse a doutora
Que resolve todo o mal!
Que me cumprimentam
Como se eu fosse a doutora
Que resolve todo o mal!
Mas, o que sou eu afinal?
Sou um animal ferido?
Ou o latido
De um lobo a caçar?
Sou um animal ferido?
Ou o latido
De um lobo a caçar?
Nem sei quem sou!
Nem sei se sei mais rezar...
Não sei se sou gente,
Nem sei se sei mais rezar...
Não sei se sou gente,
Ou animal!
Só sei que não quero o mal
De quem só quero amar!
autora: DALÚ DE AZEVEDO
Só sei que não quero o mal
De quem só quero amar!
autora: DALÚ DE AZEVEDO
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